Obesidade Infantil – Definição, Causas, Sinais, Tratamento

A obesidade infantil aparece nas sociedades ocidentais de hoje com constante aumento das taxas. Embora, à primeira vista, a obesidade infantil pareça ser devido a uma dieta incorrectamente estruturada, é importante compreender a dimensão psicológica do fenómeno, o que ajudará a abordar de forma mais abrangente o problema. Um programa de dieta saudável nem sempre consegue evitar o ganho de peso.

Porque é que meu filho está acima do peso?

Esta é uma pergunta válida para iniciar um debate, já que a obesidade pode ser considerada, por si só, como um sintoma causando efeitos psicológicos secundários.

Assim como em adultos, a ingestão de alimentos, muitas vezes associada a uma necessidade psicológica de "encher" ou reabastecer, dá uma sensação de "consolação" ou recompensa. Muitas vezes sentimos a necessidade de comer, mas na realidade não se trata de fome, é através dos alimentos que se sente uma satisfação, que abrange algumas outras necessidades psicológicas.

Os motivos mais comuns que levam a excessos são muitas vezes associados com sentimentos de solidão, depressão, baixa auto-estima, stresse.

Posteriormente, a baixa auto-imagem e baixa sensação corporal, juntamente com o estigma, levam a sentimentos de culpa e redução da auto-estima, levando a uma reincidência proibida, ou seja, a ingestão de alimentos, criando assim um ciclo vicioso.

Neste ponto salienta-se que o estigma é particularmente elevado em crianças com excesso de peso, muitas vezes marginalizadas na escola ou em actividades extracurriculares, tornando-se um objecto de escárnio que isola e "fecha" ainda mais a criança afectada.

Além disso, a atitude dos próprios pais para a criança afecta negativamente tanto a auto-estima como aumenta a tendência para comer demais. Assim, por exemplo, se um pai sente vergonha, piedade ou desgosto pela criança que está acima do peso, pode estar inadvertidamente a transmitir esses sentimentos de repulsa e depreciação, que é muitas vezes feito com a revisão ou proibição violenta de alimentos "maus" em casa, ou pior ainda, quando a proibição é imposta apenas para a criança em questão (e não, por exemplo, para outros irmãos ou outros membros da família).

Portanto, o programa de dieta certo para combater a obesidade infantil, deve ser aplicado em conjunto com o tratamento e atitude adequado à criança.

Os pais devem dedicar tempo para identificar quando e em que condições a criança recorre a alimentos e quando começou a aumentar o seu peso de forma sistemática.

Estes dados podem ajudar a explorar as causas subjacentes aos excessos. O seu filho pode ter passado por uma fase stressante na sua vida, por exemplo, brigas, divórcio, morte, nascimento de uma nova criança na família, pressionado pelo aumento das expectativas de pais e professores, etc., e assim a comida é uma recompensa num programa exaustivo de actividades. 

Um psicólogo pode ajudar consideravelmente, tanto para compreender as razões subjacentes para o seu filho comer demais como para melhorar o seu próprio papel em toda a situação como ajudá-lo a si para poder ajudar o seu filho.

A dinâmica de cada relação familiar é única e extremamente importante, mas não nos podemos esquecer que é preciso olhar com respeito e interesse e que cada um de nós é um ser diferente e individual. 

A aceitação e o amor continuam a ser o tratamento mais importante que você pode oferecer ao seu filho, disso não há qualquer dúvida. Deve aceitá-lo, viver perto de si, experimentá-lo, ouvi-lo, acariciá-lo e dar-lhe espaço dentro da sua vida.